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Artigos › 21/10/2013

A missão nossa de cada dia

No capítulo 7 do evangelho Segundo São Lucas encontramos a belíssima narrativa da mulher pecadora que banha os pés de Jesus com suas lágrimas, enxuga-os com os cabelos e unge-os com perfume. Jesus mesmo dá a interpretação deste fato dizendo que o gesto profundamente amoroso da mulher é sinal de gratidão pelo perdão recebido.

Nada, porém, sabemos sobre o momento em que ela se percebeu amada e perdoada gratuitamente por Jesus. Nesse caso, poder-se-ia pensar que num encontro anterior com Ele, suas palavras, seus gestos ou o seu simples olhar amoroso tenham sido um convite irresistível a ela, para que mudasse de vida.

O jeito de Jesus tratar as pessoas abria-lhes caminho para uma nova maneira de ser e agir. Esse jeito é o segredo dos resultados positivos de sua missão, a mesma que Ele confia a nós, para que realizemos no cotidiano de nossa existência.

Há quem entenda melhor isso e o assuma de maneira exemplar. É o caso do Papa Francisco, cujos gestos simples têm chamado a atenção de muitas pessoas, abrindo-lhes caminho para um recomeço.

Dentro e fora da Igreja se escutam comentários admirados acerca, sobretudo, de como age o atual papa. Os seus gestos, embora sejam muito simples, têm dado o que falar, provocando uma verdadeira revolução principalmente fora dos ambientes especificamente eclesiais.

São interessantes os comentários que as pessoas fazem acerca dos gestos e palavras do Papa Francisco. Padres e leigos falam disso com brilho nos olhos. Contudo, seria mais interessante que tais gestos e palavras fossem assimilados por todos, a fim de que a atmosfera de transformação que eles vêm favorecendo cresça e atinja mais corações e ambientes.

Assim como uma só andorinha não faz verão, somente Papa Francisco não fará acontecer a missão como Cristo deseja. É preciso que nos unamos a ele no compromisso com atitudes novas e renovadoras.

Porque assumida por todos os seus seguidores, a mensagem de Jesus ganhou espaço na vida das pessoas e chegou a transformar os costumes em muitas culturas, efetivando deste modo a missão que Ele confiou aos seus discípulos.

Será também por este caminho que a missão evangelizadora em nossos dias dará frutos e terá a força de transformar as práticas anti-evangélicas que insistem em ser regras de comportamento para os homens e mulheres de nosso tempo.

Deve-se ir às pessoas não para aumentar o número de católicos, enchendo assim os templos, mas para abrir-lhes caminho de vida nova, enchendo-lhes o coração com a presença salvadora de Jesus Cristo.

Façamos isso com gestos simples, porém carregados da novidade do Evangelho.

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Pe. Edinei Evaldo Batista
Coordenador Diocesano de Pastoral e
Pároco da Paróquia Santa Teresa do Menino Jesus

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