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Artigos › 04/09/2013

Da Palavra à vida que ela nos traz

No princípio era a Palavra…

Primeiro ela rompeu o silêncio do nada fazendo-se Palavra Criadora.

Depois, ante o silêncio a que o pecado reduzira o ser humano, fez-se Palavra Promessa de Salvação.

No diálogo com os Patriarcas mostrou-se Palavra de Aliança e através dos Profetas, Palavra Crítica e Iluminadora da realidade, mas também Palavra Incentivadora de novas posturas.

Fazendo-a Palavra de Louvor, de Gratidão ou de Súplica, os Salmistas assumiram-na como sua para manifestar seus sentimentos ao próprio autor da Palavra.

Em toda a transmissão oral e escrita de Israel a Palavra rompeu o silêncio da experiência pessoal de um povo para transbordar como Palavra Comunicadora da salvação universal.

Mas, foi em Jesus Cristo que a Palavra assumiu sua forma mais significativa: Ela se fez carne e tornou-se próxima de todos, a ponto de o autor da 1ª Carta de João afirmar: nós a ouvimos, vimos com nossos olhos, contemplamos e nossas mãos a apalparam (cf. 1 Jo 1,1).

Para o salmista ela é “lâmpada para os seus passos e luz no seu caminho” (cf. Sl 119,105). Em Jeremias ela é “parecida com um fogo que o queima por dentro” (cf. Jr 20, 9). Pedro tem tanta confiança nela que mesmo depois de uma noite de “redes vazias” ainda se decide a pescar novamente (cf. Lc 5,5) e em nome dos demais apóstolos, reconhece que somente Jesus a tem com sentido de vida eterna (cf. Jo 6,68). Paulo a chama de instrumento “útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (cf. 2Tm 3,16).

Vista de diversos modos, ele é, no entanto, a mesma e única Palavra de Deus, acessível a nós pela Bíblia, celebrada de modo especial no mês de setembro.

Saber do que se trata e o quanto ela pode nos ajudar é importante. Mas não é tudo.

Muito mais importante é dar à Palavra de Deus um lugar especial em nossa vida, através de sua leitura, meditação e oração, para se torne viva em nossa vida.

Somente assim ela será também Palavra Geradora de vida, isto é, da Vida Plena que Deus quer para todos.

Ao ser humano, ameaçado por tantas limitações interiores e dificuldades exteriores só é possível progredir e avançar rumo à verdade e à felicidade, se for alimentado pela Palavra que realiza nele o pensar e o querer divinos.

Um bom propósito que poderíamos fazer neste mês e a partir deste tempo seria o de ler diariamente um trecho da Bíblia, dedicando-lhe tempo e atenção, para extrair dele a doçura da bondade de Deus para conosco e depois comunicá-la aos nossos semelhantes, não com nossas ideias, mas com nossas atitudes, renovadas pela força da Palavra de Deus.

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Pe. Edinei Evaldo Batista
Coordenador Diocesano de Pastoral e
Pároco da Paróquia Santa Teresa do Menino Jesus

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