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Jubileu de 2025 se aproxima: 7 dicas para entender e viver bem o ano santo da Igreja

Faltam poucos dias para a abertura oficial do Jubileu de 2025. No dia 24 de dezembro, às 19h, o Papa Francisco vai presidir a Celebração Eucarística na Praça de São Pedro, seguida do Rito de Abertura da Porta Santa na basílica. Em todo o mundo, as dioceses se prepararam para fazer a abertura do ano jubilar no domingo seguinte, dia 29 de dezembro.

Em nossa Diocese de São José dos Campos, a programação será a seguinte:

15h – Início da Peregrinação
Saída: Hospital Antoninho da Rocha Marmo (Av. Heitor Villa Lobos, 1961 – Jd. Renata, SJCampos)
15h30 – Missa de Abertura do Ano Jubilar na Catedral São Dimas (Praça Monsenhor Ascanio Brandão, 01 – Jd. São Dimas – SJCampos)

Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Jubileu Ordinário celebra os 2025 anos da encarnação de Jesus Cristo, e segue o intervalo de 25 anos estabelecido pelo Papa Paulo II, em 1470.  

Para saber mais sobre esse momento desejado pelo Papa como “ocasião de reanimar a esperança”, o Portal da CNBB separou sete dicas para entender e viver bem o Ano Santo convocado pelo Papa.  

1. O que é o Jubileu

A palavra “jubileu” tem origem relacionada historicamente ao nome em hebraico yobel, o chifre de carneiro que era usado para marcar o início do ano particular que era convocado a cada 50 anos, como contado no livro do Levítico (cf. Lv 25, 8-13). Esse ano era o ano “extra” vivido além das sete semanas de anos. Sua proposta no Antigo Testamento era ser ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra. 

Na história da Igreja Católica, o primeiro Jubileu foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII, no ano 1300. Tradição que se estende até agora, os jubileus têm vários elementos que se relacionam. São eles:  

  • a bula de convocação;  
  • a temporalidade (a cada 100 anos, 50 anos, 33 anos e 25 anos); 
  • a peregrinação a Roma e à Porta Santa;  
  • os exercícios de piedade e a frequência aos sacramentos;  
  • as indulgências.  

O Jubileu de 2025, chamado de Jubileu da Esperança, será marcado por um período especial de perdão, reconciliação com Deus e renovação espiritual. “Os símbolos, as preces e os ritos jubilares servem como prelúdio para uma rica experiência de graça, de misericórdia e de perdão”, explica o arcebispo de Goiânia e primeiro-vice presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Justino de Medeiros Silva, que coordena a equipe de animação do Jubileu no Brasil. 

O Papa Francisco, na Bula de Proclamação do Jubileu da Esperança, fala que este será o momento “para oferecer a experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a esperança segura da salvação em Cristo”.  

O bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas (BA), dom Jailton de Oliveira Lino, escreveu – em artigo publicado no Portal da CNBB – que o conceito de Jubileu, presente no Livro de Levítico, vai além de um tempo de festa: “É um chamado à libertação, ao perdão das dívidas, à reconciliação e ao restabelecimento de uma ordem mais justa”.  

  

2. O que o Jubileu nos lembra?

“A esperança não engana” (Rm 5, 5). A mensagem da Carta de São Paulo aos Romanos é o título da Bula de Proclamação do Jubileu, o documento que detalha as intenções do Papa com a celebração, bem como orienta a sua vivência. A esperança, assim, é a mensagem central do próximo Jubileu. 

“Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10, 7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a ‘nossa esperança’ (1 Tm 1, 1)”, escreveu o Papa Francisco. 

Dom Jailton, em sintonia com o o Papa, situa os dias de hoje marcados por crises sociais e econômicas, por divisões e pela indiferença. Nesse contexto, o tema “Peregrinos da Esperança” ressoa como uma voz profética, segundo o bispo.  

“O Jubileu nos lembra que somos todos caminhantes nesta terra, guiados por uma promessa maior. Assim como a figueira mencionada por Jesus no Evangelho de Marcos (13, 24-32), somos chamados a perceber os sinais dos tempos e a nos prepararmos para a chegada do Reino de Deus”, disse dom Jailton.  

 

3. Como viver o jubileu

A celebração do jubileu é marcada por um período especial de perdão e reconciliação com Deus e renovação espiritual. Dom João Justino explica que os símbolos, as preces e os ritos jubilares “servem como prelúdio para uma rica experiência de graça, de misericórdia e de perdão”. Assim, vivenciar o jubileu é fazer parte de um tempo de graça.  

“Ser um peregrino de esperança é assumir um caminho espiritual que envolve não apenas a busca de lugares sagrados, mas também uma atitude de renovação interior e compromisso com a transformação pessoal e social”, destaca dom João Justino.  

Esse caminho proposto pelo Papa começou com dois passos: o estudo dos documentos do Concílio Vaticano II, em 2023, e a redescoberta da oração, em 2024. No ano jubilar, a peregrinação representa um elemento fundamental, como explicou o Papa Francisco:  

“Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade. Também no próximo ano, os peregrinos de esperança não deixarão de percorrer caminhos antigos e modernos para viver intensamente a experiência jubilar”. 

Em âmbito universal, as peregrinações a Roma, nas basílicas e às Portas Santas, em âmbito local, de acordo com a definição de cada diocese para os locais de peregrinação e obtenção de indulgências. Cada diocese contará com pelo menos uma Igreja de peregrinação jubilar, no caso a Igreja Catedral, mãe de todas as igrejas da diocese. Ali acontecerá, no dia 29, a abertura local do jubileu.  

“A igreja de peregrinação jubilar é um espaço sagrado destinado ao culto e à peregrinação durante o Ano Santo. Nela, os fiéis que as visitarem podem receber indulgências, desde que cumpram determinadas condições, como a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração pelas intenções do Papa”, detalha dom João Justino. 

Em todo o mundo, haverá a abertura da Porta Santa somente em cinco locais: na basílica de São Pedro, no Vaticano; na Catedral Basílica de São João do Latrão, na Basílica de Santa Maria Maior, Basílica de São Paulo Apóstolo Fora dos Muros e na penitenciária de Rebibbia, em Roma. Uma igreja com Porta Santa é aberta apenas durante o Ano Santo, simbolizando a entrada em um tempo de graça e perdão.  

“A característica central e maior graça do Jubileu são as indulgências, alcançadas segundo a Tradição da Igreja, e não a passagem na Porta Santa. Portanto, a Porta Santa do próximo Jubileu será o confessionário”, reforça dom João Justino. 

Saiba mais sobre as indulgências no Jubileu 
  

4. Programação dos grandes eventos

Em Roma, serão realizados os grandes eventos do jubileu, como a abertura e as diversas peregrinações. A organização do Jubileu disponibilizou os programas para que as pessoas possam conhecer os momentos e as principais atividades preparadas. A partir da página online é também possível inscrever-se para participar nos vários eventos do Jubileu. Confira aqui. 

  

5. Inscrições de grupos

Para os grupos que vão realizar peregrinações às Portas Santas, estão disponíveis as inscrições neste link

Para facilitar a inscrição, o dicastério para a Evangelização disponibilizou dois tutoriais em vídeo no canal oficial do Jubileu 2025, iubilaeum2025, no YouTube, que explicam de forma detalhada como fazer a inscrição. Confira aqui

6. As principais atividades deste e do próximo mês:

  

DEZEMBRO 

  • 24 de dezembro – Abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro (abertura do Jubileu)
  • 26 de dezembro – Abertura da Porta Santa na prisão de Rebibbia
  • 29 de dezembro – Abertura da Porta Santa de São João de Latrão 

  

JANEIRO 

  • 1º de janeiro – Abertura da Porta Santa de Santa Maria Maior
  • 5 de janeiro – Abertura da Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros
  • 24 a 26 de janeiro – Jubileu do Mundo das Comunicações 

 

7. Missionários da Misericórdia  

Instituídos no último jubileu extraordinário, o Jubileu da Misericórdia, em 2016, os Missionários da Misericórdia continuarão a desempenhar uma missão importante, exercendo seu ministério no Jubileu, restituindo esperança e perdoando todas as vezes que um pecador se dirija a eles de coração aberto e espírito arrependido.  

Até o momento, não há informação sobre instituição de novos missionários da misericórdia. Assim, permanecem os mesmos que foram instituídos no jubileu extraordinário.

Materiais de apoio oferecidos pela Assessoria de Comunicação da CNBB.

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