Painéis temáticos orientam trabalhos por sub-regiões pastorais
Momento Orante estabeleceu a sintonia dos corações com o Espírito Santo em prol da terceira etapa da Assembleia Eclesial, na tarde de sábado, dia 28. A 10ª sessão, no trânsito da programação, foi igualmente apoiada na dinâmica da conversa espiritual.
Antes das atividades em grupos, a partir da organização das sub-regiões, o cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, apresentou análise de conjuntura eclesial vigorosamente profunda e realista. “Vivemos um tempo de polarização ideológica que envolve também a Igreja”, disse. O religioso igualmente situou parte de sua exposição nos desafios relacionados às vocações. Os conflitos ao redor do mundo e a busca de caminhos que conduzam à paz também mereceram a atenção do cardeal.
A emergência climática (aquecimento global, seca, fogo, migrações e economia afetada) foi mais um tema apontado pelo arcebispo de São Paulo como desafio a ser enfrentado pela Igreja. As posições da Santa Sé, de Bento XVI a Francisco, foram apresentadas.
Lançamento
Seguindo o raciocínio de Dom Odilo (e em prol da busca por linhas de atuação na esfera ambiental), a Assembleia Eclesial acolheu o representante da Pastoral da Ecologia Integral, Luciano Machado. O agente paulista apresentou a dinâmica da Campanha da Fraternidade 2025 e seu cartaz. “Fraternidade e ecologia integral” e “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31) são, respectivamente, o tema e o lema da ação a ser desenvolvida durante o Ano Santo. “Promover o testemunho das Dioceses, com suas pastorais, movimentos e organismos para o cuidado com a Casa Comum, de forma que proponham ações”, apontou Luciano como indicativo de atuação.
Esperança
A Assembleia Eclesial acolheu na tarde de sábado, 28, o pesquisador Lincoln Muniz Alves. A exposição seguiu lançando olhar em prol da reversão da acelerada degradação ambiental. “A Igreja tem papel fundamental na construção da solução desse problema. A temática ambiental não é só sobre o ambiente, mas também sobre as pessoas”, sintetizou o expositor.
Aberta a “fila do povo”, os questionamentos apresentados refletiram o interesse dos agentes sobre o tema. O arcebispo de Sorocaba e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Júlio Endi Akamine, refletiu a necessidade de mudança da matriz energética do país. O bispo diocesano de Jales, Dom José Reginaldo Andrietta, apresentou-se desejoso de pistas para ações concretas. Para o Brasil é muito favorável pensar em mudanças porque a energia é quase toda renovável. Devemos trabalhar a questão do desmatamento e queimadas. Sobre o que fazer, primeiro sair da zona de conforto e participar das discussões. Quantos nos dispusemos a interagir com o Plano Diretor de nossas cidades? Para o concreto devemos promover o engajamento da sociedade nas discussões”, respondeu Lincoln Muniz Alves. “O mundo não vai acabar. Não é o fim do mundo. É tempo de oportunidade”, finalizou o assessor.
Subsídio
O secretário do Regional, Dom Carlos Silva, comemorou as “iluminações” oferecidas aos participantes da Assembleia ao longo do sábado, dia 28. “Foi um tempo de iluminação importante com doutores em Comunicação (Moisés Sbardelotto), Teologia (Dom Odilo Pedro Scherer) e Ecologia (Lincoln Muniz Alves)”, disse o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo.
As exposições realizadas fizeram parte de um “tempo de preparação” que garantiu indicativos para o diálogo realizado em grupos formados pelas Sub-regiões. O resultado da Conversa no Espírito será apresentado na primeira etapa do último dia de encontro.
Ofício Divino das Comunidades Mariano encerrou a programação de sábado. Foi um “sinal afetivo”: tendo sido iniciado com Missa de Nossa Senhora, o dia foi concluído em novo encontro com Maria.
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