Entre bispos, assessores e colaboradores, mais de mil pessoas participaram do desenvolvimento da 61ª Assembleia Geral da CNBB
Desde o último dia 10, até a manhã de hoje, dia 19, o episcopado brasileiro esteve em Aparecida (SP) para a realização da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“O Caminho Sinodal” foi o tema do retiro espiritual que iniciou a 61ª edição da AG e contou com a assessoria do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.
Ao todo, ao longo das duas semanas, o encontro de comunhão eclesial teve 27 sessões que trataram assuntos variados em prol da ação evangelizadora nos quatro cantos do país.
Em clima de comunhão, os bispos emitiram quatro textos: uma mensagem ao povo brasileiro e outra aos cristãos católicos; e duas cartas, uma ao Papa Francisco; e a outra ao prefeito do Dicastério para os Bispos.
Escuta de Deus e dos irmãos
Divididos em 19 regionais, mais de 400 bispos participaram do evento eclesial que, com silêncio orante e reflexão comum, o episcopado contribuiu para a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) com o uso do método de discernimento comunitário intitulado de “Conversa no Espírito”. Em 45 pequenas comunidades, em diversos momentos, os bispos partilharam momentos de escuta de Deus e dos irmãos.
“O método de conversação no Espírito vai favorecer uma maior participação de todos nos processos de evangelização”, indicou o subsecretário pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, ao afirmar que o método adotado exige a interação de todos.
Ministério do Catequista
Em rito inédito no país, o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, em nome de todos os bispos, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista.
Ao todo, 19 catequistas, um de cada regional, receberam o ministério instituído pelo Papa Francisco através do Motu Próprio Antiquum Ministerium.
Marca do amor
Sobre os trabalhos da AG, o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, que ajudou na logística do evento eclesial, sublinhou que foi um momento de graça. “Trabalhar na Assembleia, favorecendo estrutura e meios para que os bispos possam rezar e refletir, é contribuir com o anúncio do Evangelho na Igreja no Brasil”, comentou.
Ao trazer a frase de Santo Ambrósio, “Aquilo que o amor faz o medo jamais poderá realizá-lo”, o padre Patriky destacou que os serviços prestados pelas 637 pessoas envolvidas na concretização da Assembleia Geral, entre assessores e colaboradores da CNBB, e do Santuário Nacional, “tiveram a marca do amor: na preparação, na realização e nos encaminhamentos finais”, finalizou.
Hino em língua portuguesa
No dia 16, durante a realização da AG, em Missa no Santuário Nacional, o Hino Oficial brasileiro do Ano Jubilar foi entoado pela primeira vez. Com o tema “Peregrinos da Esperança”, escolhido pelo Papa Francisco, o Jubileu terá início no Natal deste ano e se estenderá durante 2025. A apresentação em língua portuguesa contou com a presença dos diretores musicais do hino, o maestro Delphim Porto e padre José Weber, da São Paulo Schola Cantorum, assessores e colaborados da Conferência Episcopal. A execução do hino também se repetiu na 16ª sessão da Assembleia quando os bispos aprofundaram o tema do Jubileu 2025.
Engajamento na comunicação
Em um trabalho de comunicação integrada, 9 coletivas de imprensa informaram os principais temas refletidos nos dias da Assembleia. Com transmissões, programas, podcasts e publicações, as redes sociais da Conferência Episcopal tiveram um aumento de 80% no engajamento. Programas de rádio também foram produzidos pela Assessoria de Comunicação da CNBB durante os trabalhos da Assembleia.
Para proporcionar a integração dos fiéis com a entidade em todo o país por meio de notícias, formação e espiritualidade, ontem, dia 18, a presidência da CNBB e a assessoria de comunicação laçaram o aplicativo da Conferência Episcopal.
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