Papa: diante do vício da preguiça, é preciso manter acesas as “brasas da fé”
Nesta Quarta-feira de Cinzas, o Papa realizou a Audiência Geral na Sala Paulo VI, dando continuidade ao ciclo sobre vícios e virtudes. O tema foi a acídia, mais conhecida como “preguiça”.
A preguiça, explicou Francisco, é mais um efeito do que uma causa. A pessoa fica ociosa, indolente, apática. Com efeito, na raiz grega do termo acídia está a “falta de cuidado”.
Trata-se de uma tentação muito perigosa, advertiu o Pontífice. Quem é vítima dela é como que esmagado pelo desejo de morte, se arrepende da passagem do tempo e até mesmo a relação com Deus torna-se enfadonha.
A acídia também é definida como o “demônio do meio-dia”, pois desponta quando o cansaço está no auge e as horas a seguir parecem monótonas, impossíveis de viver. São características que lembram a depressão, pois para quem é dominado pela acédia a vida perde o sentido, “é um pouco como morrer antes da hora”, afirmou o Papa, e seu efeito pode ser “contagioso”.
Diante deste vício, os mestres espirituais oferecem vários remédios. Para Francisco, o mais importante é a paciência da fé, ou seja, a coragem de ficar e acolher no meu “aqui e agora” a presença de Deus.
A acídia não poupou nem mesmo os santos, mas eles ensinam a atravessar a noite com paciência, aceitando “a pobreza da fé”. Isso pode ser feito estabelecendo metas mais acessíveis, perseverar apoiando-se em Jesus, “que nunca nos abandona na tentação”. O Pontífice então concluiu: