O Magistério dos Bispos na Igreja
Vivemos um tempo de pluralismo e polarizações em que somos desafiados a compreender a identidade da nossa fé e o sentido de pertença à Igreja. O uso massivo da internet e a facilidade de acesso a ela trouxeram inúmeros benefícios para a comunicação e a troca de informações que enriquecem a vida e a missão evangelizadora da Igreja. Com isso, acirrou-se a discussão em torno de muitas questões que envolvem a sociedade em geral e também a Igreja. O terreno no qual brotam essas discussões é potencializado por algumas características comuns da pós-modernidade: o subjetivismo radical e a reivindicação da liberdade, entendida como autonomia absoluta; o relativismo e a falta de convicção a respeito da existência de uma verdade objetiva e a capacidade de conhecê-la; entre outras.
Assistimos, preocupados, ao surgimento de novos grupos que exercem uma espécie de “doutrina paralela”, gerando confusão em muito fiéis e na opinião pública. Muitos também, acusam os bispos de não terem fé, de não conhecerem a doutrina da Igreja e de não ensiná-la. Ao mesmo tempo, se dá a instrumentalização dos pronunciamentos de muitos bispos por grupos de interesses diversos, na tentativa de criar um cenário de contraposição, mostrando uma Igreja dividida ou desfigurada na sua imagem. Para isso, vale lembrar que a essência da Igreja Católica é a unidade. A ausência de comunhão com o Papa e com os Bispos unidos a ele, sucessores dos Apóstolos, fere a própria comunhão de fé e a unidade interna da Igreja.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé recentemente publicou um subsídio norteando o trabalho dos bispos no Brasil. Este, nas palavras de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo da Diocese de Santo André e presidente da CEPDF, “pretende ser uma breve e substanciosa contribuição ao Magistério doutrinal, que os Bispos são instados a exercer constantemente.”
Não se pode negligenciar o zelo e a fidelidade à doutrina da Igreja e por sua integridade, ainda que o atual momento em que vivemos seja um tempo de relativismo, subjetivismo ou auto verdade.
Recordamos que o múnus episcopal supõe um serviço à verdade em vista do direito do povo de Deus de receber a mensagem do Evangelho na sua integralidade. Os desafios são muitos e também diversificados. Para isso, é necessário “aquele discernimento espiritual e pastoral, a fim de que se alcance o conhecimento e a realização da vontade de Deus” (Papa Francisco, Discurso aos novos bispos, 14 de setembro de 2017).
Da redação do Regional Sul 1, Com informações da Diocese de Santo André.
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