Retorno às celebrações com presença dos fiéis exige atitudes contra a infecção do novo coronavírus
CNBB
O retorno às celebrações com presença dos fiéis exige atitudes e posturas contra a infeção pelo novo coronavírus. É o que diz o documento enviado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aos bispos com “orientações Litúrgico-Pastorais para o retorno às atividades presenciais”. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, padre Leonardo Pinheiro, gravou um vídeo explicando essas orientações e ressaltando os cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois das celebrações diante nesse contexto de pandemia.
Após quase três meses de atividades suspensas, algumas arquidioceses e dioceses no Brasil retomam, aos poucos, as celebrações com a presença dos fiéis. A rotina de abertura das igrejas foi possível depois que governos municipais e estaduais publicaram decretos autorizando a realização das missas com o povo.
Mas esse retorno “requer um bom planejamento, muita coragem e esperança, pois a Igreja também tem a grave responsabilidade de prevenir o contágio da COVID-19, em sintonia com as autoridades sanitárias”, diz o documento da CNBB. A Comissão para a Liturgia ressalta que, na medida em que for retomada a participação comunitária nas celebrações, segundo as orientações dos Bispos diocesanos, “será necessário garantir atitudes e posturas contra a infeção”.
Confira o vídeo do padre Leonardo Pinheiro:
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Arquidioceses e dioceses retornam às atividades presenciais
Desde o final de abril algumas arquidioceses e dioceses puderam retornar às atividades com a presença dos fiéis, mas sempre com orientações de higiene e distanciamento, de modo a evitar o contágio pelo novo coronavírus. Paralelamente, algumas Igrejas Particulares tiveram que voltar com medidas mais restritivas, por conta do aumento de casos em suas localidades. Confira alguns destaques:
Norte 1
Na arquidiocese de Manaus (AM), foram divulgadas orientações que sugerem um processo gradual a partir do dia 24 de junho, com três etapas de retorno de atividades: de 24 de junho a 4 de julho: abertura das igrejas para oração, prática devocional pessoal, sem concentração de pessoas; a partir de 28 de junho: Celebração de Missa apenas com um número limitado de agentes de pastoral; e a partir de 4 e 5 de julho: início das Missas e Celebrações da Palavra com o povo de Deus. Confira o documento na íntegra.
Norte 2
A arquidiocese de Belém (PA) voltou em 6 de junho a receber os fiéis para as celebrações, mas com 15% do total de ocupação, limitado a 200 pessoas na Igreja. O estado do Pará registra crescimento de contágios principalmente no interior. Em Santarém, um decreto da prefeitura autorizou a abertura das Igrejas com 30% da capacidade, mas que não exceda 100 pessoas, além de outras orientações de distanciamento, higienização e restrições. O arcebispo deve divulgar orientações em breve.
Norte 3
Em Palmas (TO), ainda não há retorno das missas com a presença dos fiéis, somente das atividades presenciais da cúria metropolitana.
Noroeste
Em Porto Velho (RO) e demais dioceses do Regional Noroeste, estão mantidas as normas de isolamento e as celebração pelas redes sociais.
Nordeste 1
No Ceará, as Igrejas continuam fechadas, uma vez que as cidades estão em fases diferentes de abertura ou fechamento total. Em nota, os bispos do Regional Nordeste 1 da CNBB sugeriram que cada diocese adote no seu planejamento as medidas de proteção propostas pela CNBB que visam ao cuidado, à defesa e à preservação da vida. “Enquanto isso, as nossas celebrações continuarão acontecendo a portas fechadas, sem a presença dos fiéis, que delas participam através das mídias, à exceção daquele número bem reduzido dos que deverão exercer serviços e ministérios litúrgicos”.
Nordeste 2
No Rio Grande do Norte, os bispos da Província Eclesiástica de Natal resolveram manter as igrejas fechadas. Há receio de que uma abertura seja sucedida de uma necessidade de fechar novamente, uma vez que a rede pública de saúde já se aproxima da ocupação máxima.
As primeiras experiências para a retomada das celebrações litúrgicas com a presença dos fiéis ficam por conta das arquidioceses da Paraíba (PB) e de Olinda e Recife (PE) e da diocese de Guarabira (PB). Nos templos, deve ser respeitada a lotação máxima de 30% da capacidade total, além de uma série de recomendações para a segurança dos fiéis dentro dos espaços litúrgicos. Saiba mais.
Nordeste 3
Em Salvador (BA), a arquidiocese segue os decretos municipal e estadual, que determinam missas com, no máximo, 50 pessoas dentro dos templos. Porém, a maior parte das paróquias está realizando a Celebração Eucarística sem a presença dos fiéis, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Em Aracaju (SE), o arcebispo dom João José Costa está preparando um novo decreto com orientações e critérios para a retomada das celebrações nos templos. O documento estará em sintonia com as orientações apresentadas pela CNBB e também nas recomendações das autoridades civis. As paróquias irão promover as readequações necessárias para as celebrações presenciais.
Nordeste 5
No dia 15 de junho, foi publicado decreto com as novas normas para o funcionamento das paróquias. O documento normatiza, sobretudo, a reabertura das igrejas para a celebração da missa com a presença de fiéis e ressalta não se tratar “da liberação geral das dependências, muito menos o abandono das práticas sanitárias adotadas mesmo quando fechadas”. No texto, há a regulamentação da quantidade (em porcentagem) de pessoas e reforço dos cuidados em uma retomada gradual da vida eclesial.
Centro-Oeste
Nas arquidiocese de Brasília (DF) e Goiânia (GO), seguem as celebrações presenciais com redução de fiéis de acordo com orientações das autoridades locais.
Leste 1
A arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) comunicou oficialmente o retorno das atividades religiosas de suas mais de 280 igrejas na cidade para o próximo dia 4 de julho. Outras dioceses seguem sem a presença de fiéis.
Leste 2
Em Minas Gerais, as arquidiocese de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberaba divulgaram orientações para retorno das celebrações com o povo. Já em Pouso Alegre (MG), o arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado, enviou uma mensagem, por vídeo, incentivando a perseverança e unidade entre todos. Saiba mais.
Oeste 2
A arquidiocese de Cuiabá tem orientações para retorno das missas com fiéis desde o dia 1º de maio. O documento do arcebispo, dom Milton Santos pode ser conferido na íntegra aqui.
Sul 1
Epicentro da pandemia no Brasil, com 221.973 casos, de acordo com dados atualizados pelo Ministério da Saúde na tarde de ontem, no estado de São Paulo algumas dioceses começaram a abrir novamente suas portas, nos dias 13 e 14 de junho. As celebrações ocorrem com a presença de, no máximo, 30% da capacidade do recinto, para garantir o distanciamento entre as pessoas, e seguindo as normas sanitárias e de higiene, como o uso de máscaras e álcool em gel, além de medição de temperatura corporal.
Sul 2
No Paraná, a maioria das igrejas segue fechada e as dioceses acompanham os números da pandemia. Em Londrina (PR), as Missas com a presença de fiéis continuam suspensas até o final do mês de junho, quando a questão será reavaliada. Secretarias e igrejas continuam abertas para atendimentos individuais e orações pessoais. Em Maringá, as celebrações foram retomadas com restrição de público. Crianças e idosos não podem participar das missas.
Sul 3
Em Porto Alegre (RS), o arcebispo metropolitano, dom Jaime Spengler, emitiu Nota Oficial no sábado, 20, orientando sobre o fechamento das igrejas, após classificação governamental do território da arquidiocese como bandeira vermelha. A nota pode ser lida na íntegra aqui.
Na diocese de Cruz Alta (RS), as celebrações ocorrem de acordo com as orientações de saúde, com participação de até 30 pessoas ou 25% da capacidade e uso de máscaras.
Sul 4
Em Santa Catarina, as dioceses de Chapecó, Lages, Caçador, Joaçaba, Rio do Sul e Blumenau continuam sem celebrações públicas, observando os crescentes dados da pandemia nas cidades que compõem o território diocesano. A arquidiocese de Florianópolis e as dioceses de Joinville, Tubarão e Criciúma já autorizaram a retomada das celebrações públicas nas paróquias que conseguem responder a uma série de normas sanitárias para que se evite o contágio.