Irmãs Pequenas Missionárias resgatam acervo histórico e revitalizam Memorial de Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico
Memorial resgata história de amor ao próximo e solidariedade que nasceu no período sanatorial de São José dos Campos
No mês do aniversário do nascimento da venerável Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, nascida em 20 de janeiro de 1901, as Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, de São José dos Campos, iniciam o processo de revitalização do Memorial dedicado à religiosa que, por quase 50 anos, cuidou dos doentes e dos mais necessitados em nossa cidade, criando uma importante obra social espalhada pelo Brasil e pelo exterior.
Os objetos do acervo de Madre Maria Teresa, que estão no quarto onde ela viveu e morreu em 8 de janeiro de 1972, aos 70 anos, serão catalogados pela museóloga Giselle Peixe e pela doutora em Comunicação e Semiótica Silvia Bigareli. Elas foram responsáveis pela implementação do circuito de visitação à cúpula do Santuário Nacional de Aparecida.
A primeira fase do projeto de revitalização, que deverá ser executado em 5 meses, inclui a seleção, catalogação e conservação do acervo, destacando e explicando a importância de cada peça ou relíquia em exposição. Será realizada também a reforma do quarto, com a conservação dos móveis e do piso, e a recuperação do passadiço por onde Madre Maria Teresa se deslocava para ir à Missa na Capela de Maria Imaculada.
A segunda fase do projeto prevê a ampliação do acervo em exposição.
Beatificação
Primeiro milagre atribuído a Madre Maria Teresa deverá ser avaliado pelo Vaticano ainda este ano
Ainda neste ano de 2020, o primeiro possível milagre por intercessão de Madre Maria Teresa deverá ser avaliado pelo Vaticano por uma junta de peritos médicos e de outras áreas, que poderá decidir pela beatificação da religiosa.
“Foi aceito o parecer do possível milagre da nossa fundadora, Madre Maria Teresa, levado por nós a Roma, e isso é um motivo de grande alegria. Se for a vontade de Deus, após a avaliação de uma banca de cardeais e peritos, poderemos ter ainda neste ano a nossa Madre beatificada”, afirmou a superiora geral da Congregação das Pequenas Missionárias, Irmã Sandra Maciel Notolini.
O processo de beatificação e canonização de Madre Maria Teresa foi aberto há 22 anos. Em maio de 2014, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas da religiosa que passou a ser reconhecida como Venerável. O reconhecimento das virtudes heroicas foi a primeira etapa em direção à beatificação.
Quem foi Madre Maria Teresa?
Religiosa foi responsável pela criação, há 83 anos, do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, reconhecido por sua importante atuação nas áreas de saúde, no atendimento aos idosos e na participação em missões humanitárias na Amazônia e em Moçambique, na África
Na década de 1920, a jovem professora católica Dulce Rodrigues dos Santos veio tratar-se da tuberculose e, inconformada com a situação dos doentes, iniciou um trabalho humanitário, com o propósito de oferecer dignidade e esperança para essas pessoas.
O trabalho e o idealismo dessa jovem chamaram a atenção de Dom Epaminondas Nunes D´ávila e Silva, 1º Bispo de Taubaté, que preocupado com o abandono espiritual em que viviam os doentes, queria criar uma associação religiosa para auxiliá-los.
Em 8 de novembro de 1936, nascia oficialmente a Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, reconhecida e aprovada pelo Papa Pio XI.
A obra está presente hoje em 5 estados brasileiros e em 4 países (Brasil, Portugal, Itália e Moçambique).
Passo a passo do processo de canonização
O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. Essa é a etapa mais demorada, porque o postulador deve investigar minuciosamente a vida do Servo de Deus, verificar a fundo a vivência das virtudes. Já no caso de um mártir, devem ser estudadas as circunstâncias que envolveram sua morte, para comprovar se houve realmente o martírio. Ao término desse processo, a pessoa é considerada venerável.
O segundo processo é o milagre da beatificação. Para se tornar beato, é necessário comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão. No caso dos mártires, não é necessária a comprovação de milagre.
O terceiro e último processo é o milagre para a canonização. Este tem que ter ocorrido após a beatificação. Comprovado esse milagre, o beato é canonizado e o novo santo passa a ter um culto de veneração universal.
.
Vanessa Fernandes
AI Pequenas Missionárias
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.