Preparemo-nos para a vinda do Senhor
Deus nos abençoa, mais uma vez, com as graças de um novo Ano Litúrgico e, mais uma vez, reviveremos, um por um, os grandes mistérios da Vida de Nosso Salvador, Jesus Cristo em favor de nossa redenção.
A Igreja inicia o Novo Ano Litúrgico com o tempo do Advento, a preparação para a vinda definitiva de Jesus e também a celebração da espera pelo seu Santo Natal.
Temos, pela frente, um tempo para reconstruir, restaurar nossa vida de acordo com as virtudes teologais: fé, esperança e amor.
O Papa Francisco, durante o Angelus do 2º Domingo do Advento, em 2017, disse: “Para preparar o caminho para o Senhor que vem, é necessário levar em conta as exigências da conversão a que o Batista nos convida. Antes de mais nada, somos chamados a recuperar os buracos produzidos pela frieza e pela indiferença, abrindo-nos aos outros com os mesmos sentimentos de Jesus, isto é, com a cordialidade e a atenção fraternas que se responsabiliza pelas necessidades do nosso próximo, isto é recuperar os buracos produzidos pela frieza. E não se pode ter uma relação de amor, de caridade, de fraternidade com o próximo se há buracos, como não se pode caminhar por um estrada com muitos buracos. E tudo isso fazer com um cuidado especial para com os mais necessitados”.
Dentro do Tempo do Advento, um símbolo muito bonito é preparado a cada domingo. A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. A coroa é verde, sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.
Na Coroa do Advento há 4 velas em formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela; e, à medida que vão passando os domingos, se acendem as outras velas, até chegar o 4º Domingo, que é quando todas devem estar acesas. Os ramos em círculo são para lembrar a esperança cristã, ela é alimentada com a proximidade do Natal. O círculo não tem início nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno e, também, da nossa ininterrupta dileção ao Criador e ao próximo.
Durante o advento, prevalece a cor roxa, símbolo da conversão que é fruto da revisão de vida, ou seja, a metanoia. As velas querem representar as várias etapas da salvação, sobretudo para significar a espera d’Aquele que é “a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo” (João 1,9) e que está para chegar, então, nós, O esperamos com luzes, porque O amamos e queremos ser como Ele, Luz.
Que a Virgem Maria nos ajude a preparar dia após dia o caminho do Senhor, começando por nós mesmos; e a espalhar em torno a nós, com paciência, paz, justiça e fraternidade.
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Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB
Bispo Diocesano
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