Sínodo dos Bispos: Igreja quer sonhar com os jovens e caminhar com eles
Vatican News
O prefeito do Dicastério vaticano para a Comunicação, Paolo Ruffini, apresentou aos jornalistas os muitos temas tocados: o do descarte, da afetividade e da sexualidade, bem como das migrações e da vocação, “no sentido mais amplo: a vocação à dimensão mais bonita e espiritual da vida, a relação com Deus”. Não por último, o tema da “credibilidade da Igreja”.
Realizou-se no início da tarde desta quinta-feira (04/10), na Sala de Imprensa da Santa Sé, o primeiro briefing dedicado à XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, o encontro sinodal teve início no Vaticano na quarta-feira, 03 de outubro, e prosseguirá até o próximo dia 28.
Desejo constante de sonhar com os jovens
Presente no briefing o prefeito do Dicastério vaticano para a Comunicação e presidente da Comissão sinodal para a Informação, Paolo Ruffini; a colaboradora do secretário especial do Sínodo e docente de Sociologia e processos culturais e comunicativos da Universidade Católica de Milão, Chiara Giaccardi; o bispo de Quilmes e padre sinodal eleito pela Conferência episcopal argentina, Dom Carlos José Tissera; e o jovem vietnamita, auditor no Sínodo, Joseph Cao Huu Minh Tri.
Os 25 pronunciamentos feitos até a segunda Congregação Geral na Sala do Sínodo evidenciaram o “desejo constante de sonhar com os jovens, para fazer a Igreja caminhar com eles”, disse Ruffini.
Discernimento e credibilidade da Igreja
O prefeito do referido Dicastério vaticano apresentou aos jornalistas os muitos temas tocados: o do descarte, da afetividade e da sexualidade, bem como das migrações e da vocação, “no sentido mais amplo: a vocação à dimensão mais bonita e espiritual da vida, a relação com Deus”. Não por último, o tema da “credibilidade da Igreja”.
Durante alguns testemunhos, precisou Ruffini, foi reiterado um pedido de perdão, não somente pela questão “dos abusos”, mas também por todas as vezes que a Igreja “não esteve à altura de seus deveres”.
Discernir e caminhar realmente juntos
Em uníssono, os participantes do Sínodo expressaram satisfação pelo pedido do Papa Francisco a um intervalo de silêncio de três minutos entre um pronunciamento e outro: uma escolha “útil” para discernir, disse Dom Tissera, e “caminhar realmente juntos”.
“O Sínodo não é um parlamento, mas um lugar de discernimento; um lugar espiritual, não um debate de ideias”, disse o diretor da revista jesuíta “La Civiltà Cattolica” e secretário da Comissão sinodal para a informação, Pe. Antonio Spadaro.
Coerência e concretude
O bispo de Quilmes precisou em seguida que este Sínodo “é um momento privilegiado para a Igreja” para colocar-se à “escuta” dos jovens, que representam “uma bênção”, uma escuta capaz também de perceber seus silêncios.
Esta “oportunidade”, prosseguiu o prelado, deve sobretudo permitir à Igreja oferecer aquela coerência que os jovens buscam, ajudar e favorecer “o encontro entre Jesus e os jovens”.
De fato, os bispos, os sacerdotes representam “intermediários” desta amizade e devem recordar aos jovens que a vida deles é preciosa e que não estão sozinhos, acrescentou.
Jovens: encontrar “as verdadeiras paixões da vida”
Ao tomar a palavra no briefing, Chiara Giaccardi evidenciou a concretude dos testemunhos pronunciados na Sala do Sínodo, e a tangível vontade de colocar-se à escuta. Por sua vez, o jovem auditor vietnamita expressou a alegria de participar deste encontro sinodal e fez votos de que a Igreja ajude sempre mais os jovens, para além das muitas dificuldades, a encontrar “as verdadeiras paixões” da vida.