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Notícias da Diocese › 14/12/2017

Discípulos-missionários e cidadãos do mundo

O protagonismo dos leigos e leigas

Todos nós somos convocados a uma inserção nas realidades temporais que nos cercam. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos missionários estão surgindo em muitos lugares.

Com alegria e perseverança cristãos, leigos, visitam casas, hospitais, presídios e atuam em movimentos da Igreja e também sociais e políticos, colaborando na santificação das estruturas e realidade do mundo.

Leigos dinamizam a Pastoral do Dízimo, por exemplo, e colaboram na transparente contabilidade das paróquias. Também mantém comunhão com seus pastores, seguindo os planos de pastoral da diocese e das paróquias que abraçam.

Há os cristãos, leigos e leigos, comprometidos com os movimentos sociais que buscam a dignidade da vida para todos e também aqueles que atuam voluntariamente no trabalho de cada dia, inclusive nas tarefas mais humildes. São eles o perfume de Cristo, a luz da Boa Nova, o fermento do Reino.

O Papa Francisco destaca que a atuação voluntária dos leigos na obra evangelizadora revela a revolução da ternura; o prazer de ser povo e a nova consciência de que a vida de cada pessoa é uma missão. Podemos afirmar, com alegria e renovada esperança, que os cristãos leigos são os grandes protagonistas desses avanços em unidade com seus pastores.

Protagonistas de uma Igreja em saída

Todo esse protagonismo do leigo que tratamos até aqui é vivido por um grupo de voluntários da Paróquia Santo Agostinho, em São José. Há quase 10 anos, a Comissão para Promoção Humana e Social (Copphus) tem transformado a vida de pessoas que precisam de motivações para encarar o dia a dia delas.

Duas comunidades da paróquia, Beira Rio e Bairrinho, vivem em situações vulneráveis, e graças ao “time do bem” formado por essa comissão paroquial, aos poucos, a história dessa gente está sendo transformada.

Beira Rio. Desde antes da construção da ponte do Urbanova a comunidade já era assistida pela Igreja Católica por meio da Paróquia Sagrada Família, na Vila Ema, que passou a desenvolver atividades diversas, atuando não só na área de evangelização, mas também dando apoio humano, social e educacional orientando-os, inclusive, com noções básicas de saúde.

Em 2007 estas atividades passaram a ser realizadas pela comunidade Santo Agostinho, do Urbanova. Em 2002, e durante alguns anos, alunos e professores da UNIVAP atuaram no bairro que chegou a ter uma sala de aula para crianças de 2 a 6 anos. São desta época os contêineres com sanitários, a biblioteca e a grande tenda que funcionava como sala de aula e celebrações das missas e também ponto de encontro da comunidade.

Os primeiros passos. Tudo começou com a atitude de entrega de Silvia Mazza. A paroquiana, recém-chegada de São Paulo, onde trabalhava em um orfanato, se viu sensibilizada com a situação das crianças do Bairro Beira Rio. Nessa época ela já fazia parte da Pastoral da Criança e levava as crianças para a missa, na então comunidade Santo Agostinho, no bairro Urbanova. “Eu pensava: poxa, estou fazendo um trabalho ‘de Igreja’ mas não tem igreja. Então comecei a trazer as crianças pra cá, pra ser coroinha, pra participarem da missa”, recorda Silvia.

Gisele Nabel e o marido Claudio ficavam observando o trabalho que Silvia realizava e até que um dia se aproximaram dela para entender o tudo o que se passava. Foi a partir daí que um trabalho transformador daquela comunidade começava a ganhar uma identidade. Orientados pelo Padre Francisco Alexandre Vasconcelos (Xandão), pároco à época da Paróquia Santo Agostinho, nasce a Comissão Para Promoção Humana e Social (COPPHUS), como sendo um braço da Obra Social Santa Mônica.

Surge a COPPHUS. Leigos bem formados e conscientes de suas identidades cristãs fecundam as diversas realidades da vida secular onde estão inseridos, a partir de seus lares até o trabalho, o comércio, a política… Evangelizam pelo seu testemunho de vida que fermenta toda a massa com a força do Evangelho.

Chegou então um momento em que, aquele trabalho de apenas buscar as crianças para participarem da missa aos domingos necessitava passar por algumas evoluções. Incomodados em estar apenas “dentro da igreja”, é chegada a hora de ir além, mostrar realmente o que somos uma igreja em saída.

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