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Artigos › 25/05/2017

Nossa Senhora Auxiliadora: “Alguém que podemos contar”

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A história da devoção de Nossa Senhora auxiliadora está relacionada com momentos nos quais a cristandade se viu ameaçada de maneira especial por alguns inimigos. Seja na luta contra os mouros ou na volta do Papa Pio VII à Roma depois de ter sido sequestrado, vemos como o auxílio de Maria foi decisivo para que não acontecesse o pior. Essa solicitude demonstrada nos lembra de uma frase atribuída a ela em uma outra aparição. Em Guadalupe ela diz: “Não estou eu aqui, que sou sua mãe? ”

E talvez o centro dessa vocação seja justamente esse. Ter em Nossa Senhora alguém que podemos realmente contar em todos os momentos, mas especialmente nos momentos nos quais nos vemos afligidos por alguma dificuldade especial. Tal qual uma mãe que se preocupa sempre por seus filhos, mas que quando os vê tomando caminhos errados, prontamente sai ao encontro com sua ternura característica, mostrando o caminho de volta ao seu Filho. Jesus que é o único Caminho que nos leva a felicidade.

Sabemos que Maria aparece pouco nos evangelhos e justamente uma das passagens nas quais figura, a vemos auxiliando sua prima Isabel que estava grávida, logo depois dela mesmo ter recebido a mensagem do Anjo e de conceber Jesus em seu seio por meio do Espírito Santo. Quanto não temos por aprender dessa atitude. Ao receber essa notícia maravilhosa, de estar gestando o salvador do mundo, sua atitude é colocar-se ao serviço daqueles que a necessitam. E ao colocar-se nesse serviço, com todo o esforço que implicou a viagem até a casa de Isabel, anuncia a Boa-nova. Serviço humilde unido ao apostolado. Uma vida transformada interiormente por Jesus em uma vida para os demais. Essa é a vida cristã.

A vida cristã ao qual todos estamos chamados e que encontramos em Maria um modelo perfeito de como fazer com que o nosso encontro pessoal com Jesus se transforme em uma vida frutífera. Mas ela não é só um modelo estático ao qual devemos nos assemelhar. Não, ela é uma mãe viva que está continuamente auxiliando os filhos que seu Filho lhe entregou explicitamente quando estava na Cruz. A partir desse momento a maternidade espiritual de Maria ficou evidente e desde então a vemos auxiliar-nos a fazer crescer em nós a Vida mesma de seu Filho. Vemos isso quando celebramos os 100 anos das aparições de Fátima, veremos novamente quando celebrarmos os 300 anos de Aparecida e vamos hoje de modo especial lembrando dessa devoção tão bonita de Maria Auxiliadora.

Que Maria, auxílio dos cristãos, nos ajude a ter uma atitude semelhante a sua de acolher em nossas vidas a presença de Jesus e que, fruto desse encontro pessoal, saiamos pelo mundo colocando-nos a serviço daqueles que mais necessitam, seja do pão material ou do espiritual, porque das duas carências padece o mundo hoje de forma brutal. E se a carência material mata de uma forma muito evidente, a espiritual, porque é mais difícil de ver, não deixa de ser uma morte muito real também. Que Nossa Senhora, que sempre saiu ao encontro dos seus filhos, saia também ao encontro do nosso tempo que tanto precisa do seu auxílio.

Irmão João Antonio
Leigo Consagrado do Sodalício de Vida Cristã
Estudante de Filosofia em vistas ao sacerdócio

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