Diáconos celebram Jubileu da Misericórdia em Roma
Com o tema “Diácono da Misericórdia para a promoção da Nova Evangelização”, aconteceu de 27 a 29 de maio de 2016, o Jubileu dos Diáconos, em Roma. Os diáconos e suas famílias de todo o mundo foram convidados a fazer uma peregrinação a Roma para assistir a uma reunião importante por ocasião do Jubileu extraordinário da Misericórdia. O lema do Ano Santo, Misericordiosos como o Pai, baseado no Evangelho de Lucas, é um convite a seguir o exemplo do Pai misericordioso, que nos pede para não julgar ou condenar, mas para perdoar e amar sem medida.
Este encontro mundial dos diáconos, homens que por vocação e ministério estão intimamente ligados às obras de caridade na vida da comunidade cristã, servirá para dar testemunho de tudo o que “a misericórdia é o próprio fundamento da vida da Igreja” (Papa Francisco, Misericordiae vultus, 10).
Da diocese de São José dos Campos participaram deste Jubileu o diácono Rogério Sansoni, sua esposa Eleonora e seu filho Manuel, e o diácono José Silva e seu filho Rodrigo. O diácono José Silva enviou o relato da experiência:
“Foi uma experiência única haja visto que algo dessa natureza não acontece sempre. O evento teve início na sexta feira (27) e contou com encontros de catequese em diversas igrejas de Roma onde participaram os diáconos e suas famílias. O tema abordado no dia foi “Ação do diácono na família, na pastoral e no ambiente de trabalho”.
O sábado (28) foi marcante. Na parte da manhã, divididos por grupos linguísticos, todos os diáconos e familiares foram em peregrinação e adentraram à Porta Santa da Basílica de São Pedro. Momento de muita fé, piedade e devoção pra todos. A parte da tarde houve mais uma catequese cujo tema foi “O diácono: chamado a ser dispensador da caridade na comunidade cristã”. Ainda neste dia aconteceram adorações ao Santíssimo Sacramento e também atendimentos de Confissão em diversas igrejas de Roma.
Domingo (29) foi o ponto alto do Jubileu. Participamos da Santa Missa presidida por Sua Santidade o Papa Francisco na praça de São Pedro. Ali se reuniram diáconos do mundo inteiro bem como suas famílias e milhares de outros peregrinos que lotaram toda a Praça.
O papa Francisco em sua homilia advertiu a todos os diáconos sobre o ministério a que fomos chamados. Iniciou dizendo que os termos Apóstolo e Servo andam juntos e não podem, jamais, serem separados. São como duas faces de uma mesma medalha, assim diz: Quem anuncia Jesus é chamado a servir, e quem serve, anuncia Jesus.
Para ele o servo está aberto à surpresa, às surpresas diárias de Deus. O Servo sabe abrir as portas do seu tempo e dos seus espaços a quem vive em seu redor e também a quem bate à porta fora do horário à custa de interromper algo que lhe agrada ou o merecido repouso. O servo não cinge os horários. Ao dizer isso, papa Francisco desabafa dizendo que lhe deixa de coração triste ver nas paróquias horários de atendimento. Ele diz: E depois? Porta fechada; não há padre, nem diácono, nem leigo que receba as pessoas. Isso faz doer o coração.
Para ele é preciso deixar cair os horários. Ele continua: assim, queridos diáconos, vivendo na disponibilidade, o vosso serviço será livre de qualquer interesse próprio e evangelicamente fecundo.
O Sumo Pontífice termina dizendo: Queridos diáconos, podeis pedir diariamente a graça na oração em que apresenteis as fadigas, os imprevistos, os cansaços e as esperanças: uma oração verdadeira, que leve a vida ao Senhor e traga o Senhor à vida. E, quando servirdes à Mesa Eucarística, lá encontrareis a presença de Jesus, que se dá a Vós para que doeis aos outros. Assim, disponíveis na vida, mando de coração e em diálogo constante com Jesus, não tereis medo de ser servos de Cristo, de encontrar e acariciar a carne do Senhor nos pobres de hoje.
A missa com o Papa Francisco aconteceu no encerramento do Jubileu, e marcou definitivamente em todos os participantes o ardor de continuar servindo, tais quais os ensinamentos tão ricos aprendidos em todo o evento.”