Mais de 300 seminaristas recebem ajuda para manter os estudos
CNBB
Criado há cinco anos, o projeto “Comunhão e Partilha” vem ajudando centenas de dioceses e prelazias, que não têm recursos, na formação de seminaristas. A Comissão de bispos responsável por acompanhar a execução do projeto apresentou os resultados do fundo de solidariedade na quarta-feira, 13, em sessão de trabalho da 54ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP).
Atualmente são atendidos pelo projeto 301 seminaristas em formação. Ao todo, 41 igrejas locais, entre dioceses e prelazias são beneficiadas com os recursos do fundo.
A iniciativa aprovada pelo episcopado brasileiro, durante a 50ª Assembleia Geral da CNBB, arrecada mensalmente 1% da receita ordinária bruta de cada arquidiocese, diocese e prelazia; construindo, assim, um fundo de solidariedade.
De acordo com bispo de São José dos Campos (SP) e presidente da Comissão “Comunhão e Partilha”, dom José Valmor Cesar Teixeira, o projeto vem colhendo bons frutos, sendo um “necessário investimento na formação de seus futuros ministros ordenados”.
Outros dois bispos integram a Comissão, sendo o bispo de Coxim (MS), dom Antonio Migliore, e o bispo emérito de Parnaíba (PI), dom Alfredo Schaffler, idealizador do projeto aprovado pela CNBB. Trata-se de uma concretização da proposta de comunhão e solidariedade, prevista na Constituição Dogmática Lumem Gentium, do Concílio Vaticano II.
Repasse do fundo
O projeto “Comunhão e Partilha” vem subsidiando a manutenção dos seminaristas estudantes de filosofia e teologia, acolhidos em seminários e casas de formação espalhadas pelo Brasil.
As dioceses que recebem a ajuda para formação dos seminaristas são divididas em três grupos, de acordo com a renda bruta mensal. O grupo A reúne as dioceses que possuem renda de R$ 10 mil reais recebem dois salários mínimos por seminaristas.
Já o grupo B representa as dioceses que chegam à renda de R$ 20 mil reais. Essas recebem 1,8 do salário mínimo por estudante.
Por fim, o grupo C, são as igrejas locais que têm renda de até R$ 30 mil reais, e têm a ajuda de um salário mínimo por seminaristas de filosofia e teologia.
Para o bispo de Barra (BA), a diocese tem oito seminaristas maiores que estudam em Feira de Santana, “graças à ajuda do Fundo”. Dom Adriano Ciocca, da diocese de São Félix do Araguaia (MT), também agradeceu à Comissão pela iniciativa.