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Notícias da Diocese › 06/10/2020

85 anos do Sanatório Maria Imaculada

Considerado um verdadeiro oásis de paz e espiritualidade localizado no centro de São José dos Campos, o antigo Sanatório Maria Imaculada, atual sede da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, completa nesta terça-feira, dia 6/10, 85 anos. A data será celebrada com uma missa interna e um momento de oração.

Inaugurado em 1935 por Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, fundadora da Congregação que está em processo de beatificação, o Sanatório Maria Imaculada foi a primeira casa oficial da Congregação criada para atender jovens tuberculosas.

Atualmente, o Sanatório Maria Imaculada abriga a sede administrativa da Congregação das Pequenas Missionárias, o Residencial Maria Imaculada, que presta atendimento a idosos, a Capela do Maria Imaculada, onde estão os restos mortais da fundadora, e o Memorial dedicado a ela, que acaba de ser revitalizado. No local, moram cerca de 60 religiosas, 30 pacientes idosos e trabalham 100 funcionários.

“O Sanatório Maria Imaculada é um dos maiores ícones do período sanatorial de São José dos Campos, época marcada por muito sofrimento e, ao mesmo tempo, pela solidariedade e pelo cuidado com as pessoas tuberculosas. Foi neste local que nossa obra religiosa e social nasceu, consolidou-se e iniciou sua expansão, levando saúde, fé e esperança para milhares de pessoas no Brasil e exterior”, explica a Irmã Sandra Maciel Notolini, superiora geral da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada.

 

Sanatório foi fundado por Madre Maria Teresa

O Sanatório Maria Imaculada foi idealizado por Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, fundadora da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que se encontra em processo de canonização no Vaticano.

Em 1926, após a morte da mãe, a jovem Dulce Rodrigues dos Santos retornou a São José dos Campos para consolidar sua cura da tuberculose e iniciou neste mesmo ano sua ação missionária junto aos doentes na cidade.

Preocupada com o ambiente inadequado oferecido em várias pensões da cidade, Dulce intensificou o trabalho de assistência a mulheres tuberculosas.

Junto com outras jovens, cuidou de muitas doentes mantendo casas e pensões na região central da cidade. “A Pensão da Dona Dulce” se tornou conhecida pelo trabalho caridoso junto às tuberculosas e por ser um dos melhores e mais sadios locais para o tratamento da doença.

Com o aumento do número de doentes na cidade, Dulce, com poucos recursos financeiros, comprou uma chácara na Rua Major Antônio Domingues com a finalidade de construir um Sanatório. A pedra fundamental foi lançada em 25/3/1933.

No dia 2/8/1935, Dulce transferiu cerca de 35 jovens doentes que atendia em uma pensão na Praça Afonso Pena para o então Sanatório Maria Imaculada. A inauguração aconteceu oficialmente no dia 6/10/1935.

 

Congregação nasceu do trabalho caritativo junto às tuberculosas

O importante trabalho realizado pela jovem Dulce Rodrigues do Santos tornou-se conhecido dos doentes e era acompanhado pela Igreja.

Nesse período, Dulce foi chamada por Dom Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva, bispo de Taubaté na época, que manifestou o desejo de constituir uma Congregação diocesana para as obras de caridade.

A pedido do bispo, Dulce elaborou um documento definindo o carisma (espiritualidade, campo de ação e objetivos) da futura associação.

Em 1932, enquanto Dulce dava continuidade ao atendimento às doentes, foi criada a Associação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada com cinco associadas.

Neste período, passou a liderar entusiasticamente os trabalhos de construção, o que motivou Dom Epaminondas a transformar a Associação em Congregação Religiosa.

Em 14/10/1934, enquanto o Sanatório Maria Imaculada era construído, Dom Epaminondas autorizou as irmãs a vestirem o hábito e usarem o nome religioso. Dulce foi denominada então superiora da Congregação e recebeu o nome de Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico.

 

Local abriga os restos mortais de Madre Maria Teresa

Ao contrário do que muitos joseenses pensam, os restos mortais de Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico não estão no Cemitério Municipal.

Em 1º/9/2005, durante o processo de canonização que foi iniciado em 1997, os restos mortais foram transferidos para a Capela de Maria Imaculada, que fica dentro do Sanatório.

Ao lado do altar, uma lápide vertical em granito marrom guarda os restos mortais e as vestes intactas de Madre Maria Teresa.

 

O período sanatorial

Na primeira metade do século XX, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose, o que tornou o município conhecido como “Cidade Esperança”.

Os sanatórios eram edificações hospitalares, criadas e mantidas, principalmente por ordens religiosas, e que ofereciam aos pacientes amparo médico e assistência filantrópica.

Fazem parte da história da evolução das instituições hospitalares e dos estabelecimentos destinados ao isolamento de enfermos, sendo considerados precursores na introdução de novos sistemas de higiene, disciplina e do controle social.

O período Sanatorial marcou toda a organização espacial e social de São José dos Campos, com a introdução de novas profilaxias e meios de tratamento dos doentes tuberculosos.

O Sanatório Maria Imaculada atendeu doentes até 1978 quando o tratamento do tuberculoso passou a ser feito em nível ambulatorial.

 

Obra está presente em 5 Estados e 4 países

Dulce Rodrigues dos Santos veio em 1922 para São José dos Campos para se tratar de tuberculose. Inconformada com a situação dos doentes iniciou um trabalho humanitário com o propósito de oferecer dignidade, saúde e esperança para essas pessoas.

Este trabalho deu origem a uma obra social presente hoje em 5 Estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Pará) e em 4 países (Brasil, Portugal, Itália e África), por meio de atendimentos nas áreas da saúde, assistência social, formação religiosa e pastoral. Em São José dos Campos, entre as obras dirigidas pelas Pequenas Missionárias estão o Hospital Antoninho da Rocha Marmo e o Hospital Pio XII. Em Caraguatatuba, as religiosas são responsáveis pela Casa de Saúde Stella Maris.

IPMMI

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