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Artigos › 16/04/2018

Franz de Castro: “viver e morrer pelos outros”

Se santidade é viver pelos outros e morrer pelos outros, Franz sem dúvida faz jus ao processo de beatificação recentemente instalado. Nele, a santidade veio em forma de alteridade. Ouvi de seus amigos mais íntimos que, quando preciso, o ‘’eu” dele desaparecia em favor dos outros. Esquecia-se de si mesmo. Queria mudar o mundo, mudando-o ao seu redor. Assimilara bem a catequese católica

Eles, Mártir e autor, Franz e Mario Ottoboni, são desses cristãos formados em escola de cursilho, movimentos familiares e outras catequeses Católicas que sabem muito bem o que fazem. Conhecem os riscos do verbo sair de si e ir aos outros. O livro revela quem foi Franz, quem foram e são seus Irmãos de fé e o que é a Pastoral Penitenciária junto aos detentos e aprisionados. É toda feita dos verbos cuidar e ir. Em consonância com Mateus 25, 31-46 e também Mateus 7,15-23, aqueles que assumem os verbos crer, anunciar e servir sabem que a fé cristã se faz de perdoar, tentar compreender, viver a kénosis, ir lá e resgatar os feridos e machucados ao longo do caminho. Neles, a mística é de coerência porque vivem a inerência; sentem que pertencem, adorem e coerentemente assumem a dor alheia, como se eles próprios não tivessem as suas.

Pecador que sou e cheio de limites como todo mundo, são testemunhos como o de Franz que me trazem sempre e de novo à realidade. Estive presente na noite de sua morte, e vi no semblante do recém-assassinado refém a diferença entre morrer tentando salvar os outros e morrer querendo sobreviver. O rosto de Franz era de paz. Parecia dormir. Era o único rosto sereno. Disse-o ao Mário: fora seu último sermão. Morreu enquanto tentava impedir outras mortes.

Penso que o […] um leigo católico pode transformar a sua sociedade. Quem sai de casa para ir aonde se sofre, aonde se odeia e se oprime, mas aonde há muitas vidas a serem salvas, não sai para piquenique.

[…] Não há catequese mais profunda do que morrer pelos outros.  Ninguém está mais próximo de Jesus do que aqueles que oferecem seus ombros para ajudá-lo a carregar a cruz alheia. Foi o caso do Franz, que morreu sabendo que poderia morrer. Não procurava a cruz, mas não fugia dela. Por isso, ficou na nossa memória!

A morte de Franz, como a de centenas de outros, como Padre Josimo, Padre Lukenbein, Irmã Dorothy e a delicada Irmã Dulce, todos em atitudes de kénosis, lembram que o mundo está cheio de mártires. Descem ao porão onde estão milhares de vidas para trazê-las à luz. Nós é que não vemos em ação, porque como Franz, eles não tocam trombeta; simplesmente vão lá e amam! […]

José Fernandes de Oliveira
Pe. Zezinho, scj

Fragmento do livro Franz de Castro Holzwart – Mártir da Pastoral Penitenciária
Mário Ottoboni – Editora Paulinas, 2010, pág. 11, 12 e 13


ORAÇÃO

Senhor, nosso Deus, que inspirastes o
vosso servo Franz de Castro Holzwarth
a uma total dedicação de amor aos encarcerados,
ao ponto de derramar o próprio sangue em favor da causa dos mesmos,
nós vos pedimos que, se for de vossa vontade,
Franz de Castro seja um dia glorificado pela vossa Igreja e,
por sua intercessão, possamos receber a graça
de que tanto precisamos e que vos pedimos com fé… (pedir a graça).
Fortalecei-nos, ó Senhor, na vivência do amor ao próximo
e abençoai a todos que se dedicam à Pastoral Carcerária.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

.

O Servo de Deus Franz de Castro Holzwarth está em Processo de Beatificação e Canonização.

Comunicar as graças alcançada para:

Cúria Diocesana de São José dos Campos
Praça Monsenhor Ascânio Brandão, 1
Jd. São Dimas, São José dos Campos/SP
CEP: 12245-440 – Telefone: (12) 3928-3911

1 Comentário para “Franz de Castro: “viver e morrer pelos outros””

  1. JUAREZ DOMINGUES DE VASCONCELOS disse:

    Meu amigo Franz.
    Quantas horas dentro de uma cela ouvindo, aconselhando os encarcerados. Quanta ajuda para os presos e seus familiares. Quantas horas de palestras nos retiros espirituais ensinado: Jesus Cristo Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, era o tema que desenvolvia. Quantas horas de silêncio e oração por aqueles que não tinham nada para oferecer além de sua dor. Quantas horas de joelhos a pedir pelos presos encarcerados e para que algumas autoridades para que não fechassem a APAC. Quantos minutos de dor ao sucumbir ao lado daqueles que nada tinham a oferecer a não ser a própria vida. Padre João Marcondes Guimarães me disse: “Tive a oportunidade de conhecer dois santos em minha vida: Padre Rodolfo Komorek e Franz de Castro” e eu posso dizer: conheci e convivi com um santo em minha vida: Franz de Castro Holzwarth.

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