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A Voz do Pastor › 30/05/2024

Corpus Christi

Por caminhos diversos os quatro evangelistas narram os últimos dias de Jesus Cristo em Jerusalém. Nos recordamos e atualizamos, de maneira especial, no Tríduo Pascal, iniciando com a Ceia do Senhor, culminando com a Vigília Pascal, a Ressurreição do Senhor.

Na última ceia Jesus escolheu dois elementos da terra, o pão e o vinho, e os transformou em seu Corpo e Sangue, sua presença real e perpetua em nosso meio. As primeiras comunidades cristãs celebraram nas Sinagogas, a Palavra de Deus e em suas Comunidades a “fractions panis”. A festa da alegria (ágape) que unia as pessoas em Cristo Jesus e em comunidade.

Com o passar dos anos, as comunidades cristãs se distanciaram da sua matriz hebraica e desenvolveram uma eclesiologia própria, centrada no Cristo Ressuscitado, tendo a Eucaristia como ponto central da sua existência. Em cada celebração a comunidade dos fiéis se alimenta da Palavra e do Pão que veio do Céu.

O discurso apostólico de fé, o “querigma”, é centrado no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, (cf. At. 2,14-32) que é celebrado e atualizado na Eucaristia. O cristão, semanalmente, faz comunhão com o Ressuscitado e dessa experiência de vida, começa a surgir o grande amor pela hóstia consagrada, presença real do Senhor em nosso meio. Assim se realiza a promessa feita por Jesus de estar conosco até a consumação dos séculos (cf. Mt 28,20).

Na “Didaqué”, (1º catecismo da Igreja, escrito entre os anos 60 e 90) afirma: “Que ninguém, contudo, coma nem beba da vossa ação de graças senão os batizados no nome do Senhor, pois acerca disso disse o Senhor: ‘Não deis o sagrado aos cães’” (Didaqué 9,1-4). Depois menciona o costume de celebrar a Eucaristia: “Reunidos a cada dia do Senhor, fracionai o pão e dai graças, …porque este é o sacrifício de que disse o Senhor: ‘Em todo lugar e a todo tempo se me oferece um sacrifício puro, porque eu sou Rei grande – diz o Senhor – e meu nome é admirável entre as nações” (Didaqué 14,1-3).

Com o passar dos séculos a Devoção à Eucaristia vai se firmando na Igreja. Como solenidade litúrgica, a Festa de Corpus Christi, foi instituída pelo Papa Urbano IV (1262-1264), através da bula “Transiturus”, de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na Quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Urbano IV, antes de ser escolhido Papa, foi Cônego de Liége (Bélgica) e se chamava Tiago Pantaleão de Troyes, o mesmo que recebeu o segredo das visões da Freira Juliana de Liége, que pedia uma festa da Santa Eucaristia no calendário litúrgico. Esta solenidade entra no calendário litúrgico da Igreja para evidenciar e enfatizar a presença real do Senhor Jesus no pão e no cálice consagrados.

Um sacerdote chamado Pedro de Praga, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença real de Cristo no pão consagrado. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa missa, foi novamente acometido pela dúvida. Na hora da consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: A sagrada hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, o sanguíneo e a toalha do altar. Por solicitação do Papa Urbano IV, os objetos milagrosos foram para Orvieto em solene procissão. Esta foi a primeira procissão com sinais da Eucaristia. Em 11 de Agosto de 1264, o Papa lançou de Orvieto para o mundo Católico o preceito de uma festa solene em honra do corpo e sangue do Senhor.

Os tapetes de Corpus Christi surgem em Portugal no século XIII e mais tarde são introduzidos aqui, no Brasil, durante o período colonial. Somente nesse dia que a Hóstia consagrada deixa as Igrejas e, em um ostensório,  percorre as ruas da cidade. Na fé do povo de Deus, é o próprio Cristo que caminha pelas ruas, por isso deve ser recebido e acolhido com amor e dignidade, como foi recebido em Jerusalém, pelo povo que espalhava ramos de oliveira e suas capas pelo chão. Essa cena inspirou a criação dos tapetes de Corpus Christi para homenagear o Rei dos Reis, tapetes com motivos religiosos começaram a ser confeccionados. Tradição que continua até os dias hoje no nosso país e em Portugal, honrando a presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia. Através destes atos devocionais, o povo cristão expressa o seu amor pela Santa Eucaristia.

A expressão “Corpus Christi”, vem da língua latina e tem como significado: Corpo de Cristo. É uma festa que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte de Pentecostes. É uma festa de preceito, isto é, devemos participar da celebração da Missa neste dia.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (Cân. 944) que determina ao Bispo Diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo de Sangue de Cristo”. É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (Cân. 395, parágrafo 3). Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas, que se revestem de práticas antigas e tradicionais e que são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.

A origem da solenidade do Corpo e sangue de Cristo remonta ao século XIII. Esta solenidade litúrgica foi Instituída pelo Papa Urbano IV(1262-1264), através da bula “transiturus”, de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na Quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Urbano IV, antes de ser escolhido Papa, foi Cônego de Liége (Bélgica) e se chamava Tiago Pantaleão de Troyes, o mesmo que recebeu o segredo das visões da Freira Juliana de Liége, que pedia uma festa da Eucaristia no calendário litúrgico. Esta solenidade entra no calendário litúrgico da Igreja para evidenciar e enfatizar a presença real do Senhor Jesus no pão e no cálice consagrados. Após a consagração se torna: Jesus sacramentado. Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, muito piedoso e zeloso pastoralmente, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença real de Cristo no pão consagrado. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena (Italia), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido pela dúvida. Na hora da consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: A sagrada hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal (paninho branco no qual é colocado as sagradas espécies consagradas), o sanguíneo (pano de limpar o cálice) e a toalha do altar. Por solicitação do Papa Urbano IV, os objetos milagrosos foram para Orvieto em solene procissão. Esta foi a primeira procissão do corporal Eucarístico. Em 11 de Agosto de 1264, o Papa lançou de Orvieto para o mundo Católico o preceito de uma festa solene em honra do Corpo e Sangue do Senhor.

A festa de “Corpus Christi”, é um convite para uma meditação sobre o valor e a importância da Eucaristia em nossa vida. A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu Corpo… Este é o cálice do meu Sangue… fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26). Assim, vemos que quem pediu que nós ao longo dos tempos e da história celebrássemos s Eucaristia foi o próprio Cristo. A Igreja Católica cumpre este mandato até hoje, para perpetuar a presença salvadora de Jesus na história. O texto bíblico mais evidente e claro sobre a doutrina da Eucaristia é o capítulo 6 de São João. Todo ele é um discurso eucarístico de Jesus que disse “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). A Eucaristia é a realização da promessa de Jesus que disse: “Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28).

Santo Tomás de Aquino afirmou: “Nenhum outro sacramento é mais salutar do que a Eucaristia. Pois, nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais. A Eucaristia é o memorial perene da paixão de Cristo, o cumprimento perfeito das figuras da antiga aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou” que a Eucaristia constitui o maior milagre realizado por Jesus neste mundo. A celebração de Corpus Christi consta de uma Missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. Grande destaque neste dia é a procissão com o Santíssimo, a qual recorda a caminhada do povo de Deus, como um povo peregrino neste mundo. No antigo testamento o povo foi alimentado pelo Maná, no deserto. Hoje, é alimentado com o próprio corpo e sangue de Cristo. Jesus, Pão do céu e médico celeste que cura e liberta todos aqueles que o buscam. Só ele é capaz de preencher os nossos vazios existenciais e plenificar nossa vida. Façamos parte do seu discipulado! A vida cristã consiste em viver em Jesus Cristo, com Jesus Cristo e por Jesus Cristo neste mundo, ou seja, fazer da vida uma Eucaristia para os irmãos, como Fez o Senhor Jesus. Que o Senhor Jesus, visibilizado pelo dom celestial da Eucaristia, abençoe nossas famílias bem como toda a nossa Diocese de São José dos Campos.

Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB

Bispo Diocesano

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