A Bem-Aventurada Virgem Maria, ‘Mãe da Igreja’
Vatican News e a12.com
Pela primeira vez na Igreja, celebramos hoje, 21 de maio de 2018, a Memória de Maria, ‘Mãe da Igreja’.
Por vontade do Papa Francisco, com um decreto de 11 de fevereiro de 2018, 170º aniversário da primeira aparição da Virgem de Lourdes, a Congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos dispôs a inscrição da memória da “Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe da Igreja” no Calendário romano geral.
O Pontífice estabeleceu que na segunda-feira depois do Pentecostes seja obrigatória para toda a Igreja de rito romano a memória de Maria Mãe da Igreja. Como se sabe, foi Paulo VI quem anunciou na audiência geral de 18 de novembro de 1964, que três dias depois a terceira sessão do Concílio ecumênico, se teria concluído com o reconhecimento do título de Mãe da Igreja a Nossa Senhora.
O motivo da celebração está brevemente descrito no Decreto “Ecclesia Mater”: favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana.
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::Leia mais::
Decreto “Ecclesia Mater” sobre a Memória de Maria, Mãe da Igreja
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Maria é a Mãe da Igreja por ser a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo Místico, Maria é também Mãe da Igreja. Durante o Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI declarou solenemente que:
‘Maria é Mãe da Igreja, isto é, Mãe de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos pastores’ (21 de novembro de 1964). Em 30 de junho de 1968, no Credo do Povo de Deus, ele repetiu essa verdade de forma ainda mais forte: “Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu a sua missão maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos.”
“Como Mãe da Igreja, Maria zela para que seus filhos mantenham a unidade da fé…” (Constituição Apostólica Lumen Gentium)
Como Mãe da Igreja, Maria zela para que seus filhos mantenham a unidade da fé, mas ao mesmo tempo ela respeita cada um daqueles que estão unidos na fé pelo batismo. No fundo Maria age como qualquer mãe: ama cada um dos filhos, mas sabe que eles são diferentes e têm necessidades diferentes uns dos outros. A medida do amor acompanha a necessidade de seus amados.
::Homilia do Papa::
Seguindo o exemplo de amor de Jesus e de Maria, a Igreja esforça-se também para estar ao lado dos mais sofredores, ainda que nem sempre sua ação seja visível para o mundo. A Igreja trabalha em silêncio, nos hospitais, asilos, orfanatos, creches, enfim, onde o ser humano está abandonado. Nesses e tantos outros lugares é possível encontrar homens e mulheres que em nome da Igreja realizam obras maravilhosas. Junto com eles, intercedendo pelo sucesso do trabalho, está Maria, com sorriso de mãe e braços sempre abertos para acolher! Fica o desafio: ser cristão é muito mais do que ficar em casa em oração! É preciso trabalhar para a construção do Reino de Deus sendo uma Igreja Santa e comprometida.
Maria, mãe da Igreja, rogai por nós!